quarta-feira, 25 de abril de 2012
ONU cria 'IPCC da biodiversidade' para conter devastação no planeta
Plataforma será composta por cientistas, governos e sociedade civil.
Organismo vai elaborar relatórios sobre impacto nos ecossistemas.
Organismo vai elaborar relatórios sobre impacto nos ecossistemas.
A preservação da biodiversidade do planeta ganhou força nesta semana com a criação do “IPCC da Biodiversidade”, uma plataforma intergovernamental que vai quantificar os ecossistemas do planeta e articular junto a governos a implantação de políticas de conservação.
O organismo vai reunir cientistas, representantes dos países-membros das Nações Unidas e representantes de comunidades indígenas e tradicionais.
Após sete anos de discussões, a definição sobre a Plataforma Intergovernamental sobre Serviços de Ecossistemas e da Biodiversidade (IPBES, na sigla em inglês) ocorreu na última segunda-feira (23), depois de votação em plenária realizada na Cidade do Panamá.
A organização terá sede em Bonn, na Alemanha, mesma cidade que sedia a Convenção da ONU para mudança do clima, e ficará sob o guarda-chuva de programas e agências especializadas da ONU, como o Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), Pnud (o programa para o desenvolvimento), Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Cência e Cultura.) e FAO (Organização para Alimentação e Agricultura).
O modelo foi inspirado no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC na sigla em inglês), responsável por reunir especialistas de todo mundo para elaboração de relatórios sobre o impacto do aquecimento global, decorrente de atividades humanas.
Mais força política
Porém, para Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e membro da secretaria de pesquisa e desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a principal diferença do “IPCC da biodiversidade” será a maior interação da ciência com o poder público.
Mais força política
Porém, para Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e membro da secretaria de pesquisa e desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a principal diferença do “IPCC da biodiversidade” será a maior interação da ciência com o poder público.
Isso deve proporcionar uma apresentação de soluções para conter problemas, de possíveis fontes de financiamento, com uma intensa articulação nos governos.
“Em uma reunião que vai acontecer ainda este ano, vamos definir como faremos uma avaliação segura da biodiversidade, de forma homogênea. Isso vai auxiliar na contagem de espécies de animais, vegetação nativa, a distância entre eles e sua conectividade”, explica.
A análise vai expor ainda as principais ameaças aos ecossistemas com relatórios divulgados a cada período, que pode variar de cinco a seis anos.
Ao menos 40 cientistas farão parte desta plataforma, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores de cada nação envolvida, técnicos, representantes de comunidades indígenas e tradicionais.
Ao menos 40 cientistas farão parte desta plataforma, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores de cada nação envolvida, técnicos, representantes de comunidades indígenas e tradicionais.
Joly, que participou ativamente da discussão sobre o tema, pode ser um dos cientistas brasileiros a integrar o organismo. A escolha, porém, depende da aprovação do governo.
Risco à biodiversidade
De acordo com Joly, a necessidade de quantificar a biodiversidade mundial e agir para preservação é "urgente". Segundo ele, atualmente o planeta tem entre 1 bilhão e 2 bilhões de espécies (aquáticas, terrestres e microorganismos) conhecidas. Entretanto, o ritmo de desaparecimento é rápido e alarmante.
De acordo com Joly, a necessidade de quantificar a biodiversidade mundial e agir para preservação é "urgente". Segundo ele, atualmente o planeta tem entre 1 bilhão e 2 bilhões de espécies (aquáticas, terrestres e microorganismos) conhecidas. Entretanto, o ritmo de desaparecimento é rápido e alarmante.
“Nos últimos 2 bilhões de anos, período de formação da vida na Terra, tivemos cinco períodos de extinção em massa. Quatro ocorreram com a vida aquática, a quinta foi o desaparecimento dos dinossauros. Entretanto, com o ritmo atual de perda de espécies, é possível que estejamos entrando num sexto período”, explica.
Para ele, se nada for feito para reverter esta situação, o mundo entrará em um processo que “não se conhece as consequências”, mas que pode afetar o cotidiano humano.
Rio+20
Com a criação da plataforma da biodiversidade, o tema pode ganhar força nas discussões da Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai ocorrer em junho no Rio de Janeiro e definir diretrizes para que o mundo fomente sua economia de maneira que integre toda população, com distribuição justa de renda e sem prejudicar o meio ambiente.
Com a criação da plataforma da biodiversidade, o tema pode ganhar força nas discussões da Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai ocorrer em junho no Rio de Janeiro e definir diretrizes para que o mundo fomente sua economia de maneira que integre toda população, com distribuição justa de renda e sem prejudicar o meio ambiente.
A ausência de pautas ambientais na discussão diplomática, que culminará em um documento assinado por uma centena de chefes de Estado com orientações (e não obrigações), é uma das principais críticas feitas por especialistas e políticos brasileiros, que alegam “falta de atitude” do governo brasileiro quanto ao tema.
“O fato desse organismo ter sido aprovado agora, torna a biodiversidade um tema que vai ter reflexo automático na Rio+20. Isso veio num momento importante e levará a discussão para o lado ambiental”, afirma Joly.
Fonte: http://www.ecosdanoticia.com.br/
Lucas William
Lucas William
sábado, 7 de abril de 2012
Cresce vacinação contra HPV em mulheres mais velhas
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
Na bula, a vacina contra o HPV é recomendada até os 26 anos. Mas cresce o número de médicos que recomendam a imunização para mulheres que passaram dessa idade.
Na última terça-feira, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, promoveu um simpósio com especialistas do Brasil e do exterior para discutir o tema.
"O ideal é que se vacine por volta dos dez anos. Mas eu recomendaria em qualquer idade. Estudos mostram que a vacina funciona em mulheres até os 44 anos", disse o médico Darron Brown, da Universidade Yale (EUA).
O uso "off label" (diferente do recomendado na bula) já está tão difundido que aparece nos sites e materiais de divulgação de clínicas.
Mas a vacinação de mulheres mais velhas levanta um debate: pacientes que já tiveram contato com o HPV devem ser imunizadas?
"Temos visto que a vacinação após a infeção vale a pena. A mulher que foi contaminada com um tipo de HPV ainda pode ser protegida contra os outros", afirma a médica Adriana Campaner, da Santa Casa de São Paulo.
PIONEIRA
A Austrália adotou a vacina em 2007. Em palestra em São Paulo, Basil Donovan, da Universidade de Nova Gales do Sul, de Sidney, disse que a prevalência de câncer do colo do útero em mulheres jovens caiu mais de 10% nos últimos anos.
Segundo ele, ocorreu o fenômeno chamado "efeito de manada". Só as meninas foram vacinadas, mas isso ajudou a barrar a circulação do vírus entre os homens heterossexuais, o que, por sua vez, reduziu a contaminação das mulheres não vacinadas.
A imunização, feita em três doses, não é oferecida pelo SUS -o Ministério da Saúde ainda não incluiu a vacina no calendário oficial do país. Na rede particular, ela custa em torno de R$ 900.
(Vanessa)
sexta-feira, 30 de março de 2012
Como funciona o suor?
por Craig C. Freudenrich - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Você está prestes a fazer algo importante, uma entrevista de
emprego, uma apresentação, o primeiro encontro ou seu casamento, e nota que está suando nas palmas das mãos e nas axilas. Ou, de repente você acabou de fazer um exercício aeróbico e seu corpo está encharcado de suor. Como atividades tão diferentes podem ter o mesmo efeito em seu corpo? O que é o suor e por que o produzimos?
A transpiração, ou suor, é a maneira pela qual seu corpo se refresca, seja pelo calor produzido pelo trabalho árduo dos músculos ou pela ação de nervos super estimulados. Neste artigo, examinaremos as glândulas sudoríparas de nosso corpo, como o suor é produzido e o que ele faz. Aprenderemos que há uma diferença entre o suor nas palmas das mãos e o suor nas axilas, e porque sua pele fica salgada depois de uma malhação!
A glândula do suor
Uma pessoa possui aproximadamente 2,6 milhões de glândulas sudoríparas em sua pele. Estas se distribuem por todo o corpo, exceto nos lábios, mamilos e órgãos genitais externos. A glândula sudorípara fica na camada da pele chamada derme junto com as terminações nervosas, folículos capilares e assim por diante. A figura 1 ilustra o que acontece:
Basicamente, a glândula sudorípara é um longo tubo oco e espiralado formado por células. O suor é produzido na parte espiralada da derme e a parte longa é um duto que conecta a glândula à abertura ou poro na superfície externa da pele. As células nervosas do sistema nervoso simpático se conectam às glândulas sudoríparas. Há dois tipos de glândulas sudoríparas:
Nós suamos constantemente mesmo sem perceber. Suar é a maneira pela qual nosso corpo se livra do excesso de calor que é produzido pelo metabolismo ou pelo trabalho muscular. A quantidade de suor produzida depende de nosso estado emocional e do tipo de atividade física. O suor pode ser produzido em resposta a um estímulo nervoso, elevação da temperatura do ar e/ou exercícios físicos. Primeiro, vamos nos concentrar em como o suor é produzido em uma glândula sudorípara écrina.
Quando a glândula sudorípara é estimulada, as células secretam um fluido (secreção primária) similar ao plasma, ou seja, basicamente composto de água, altas concentrações de sódio e cloreto e baixa concentração de potássio, mas sem as proteínas e ácidos graxos geralmente encontrados no plasma. Esse fluido surge nos espaços entre as células (espaços intersticiais) que o recebem dos vasos sangüíneos (capilares) da derme. O fluido se desloca da porção espiralada e sobe através do duto reto (figura 2). O que acontece no duto reto depende da taxa ou fluxo de produção de suor.
Baixa produção de suor (descanso, temperatura amena): as células no duto reto absorvem a maior parte do sódio e do cloro presentes no fluido. Isso acontece porque há tempo suficiente para a reabsorção. Além disso, a água é reabsorvida osmoticamente. Assim, pouco suor chega ao lado externo, sendo sua composição significativamente diferente da secreção primária. Não há tanto sódio e cloreto, e há mais potássio.
Alta produção de suor (exercício físico, alta temperatura): as células, na parte reta do duto, não têm tempo hábil para reabsorver todo o sódio e cloreto da secreção primária. Assim, grande parte do suor chega à superfície da pele e sua composição é quase a mesma da secreção primária. As concentrações de sódio e cloreto são aproximadamente a metade e a de potássio é cerca de 20% maior.
Da mesma maneira o suor é produzido nas glândulas sudoríparas apócrinas. No entanto, o suor proveniente das glândulas apócrinas contém proteínas e ácidos graxos que dão a ele um aspecto mais espesso e uma coloração leitosa ou amarelada. É por isso que as manchas que aparecem nas roupas (região das axilas) são amareladas, pois o suor em si não possui cor. Quando as bactérias e os pêlos da pele metabolizam as proteínas e os ácidos graxos, eles produzem um odor desagradável. É por isso que os desodorantes e antitranspirantes são aplicados sob as axilas e não no corpo todo.
O volume máximo de suor que uma pessoa que não vive em um clima quente pode produzir é cerca de um litro por hora. Incrivelmente, se você se mudar para um clima quente como o da região Nordeste ou a Amazônia, sua capacidade de produzir suor aumentará para cerca de dois ou três litros por hora em aproximadamente seis semanas! Essa é a quantidade máxima que você pode produzir.
Para refrescar
Quando o suor evapora da superfície de sua pele, ele remove o excesso de calor e refresca seu corpo. De fato, isso se deve a um princípio da física parecido com o seguinte: para converter líquido em vapor é necessária uma determinada quantidade de calor chamada de calor de vaporização. Essa energia térmica aumenta a velocidade das moléculas da água para que elas possam escapar para o ar. Geralmente, nem todo o suor evapora, parte dele escorre pela pele. Além disso, nem toda a energia térmica produzida pelo corpo é perdida através do suor. Uma parte é irradiada diretamente da pele para o ar e outra é perdida através das superfícies respiratórias dos pulmões.
O principal fator que influencia a taxa de evaporação é a umidade relativa do ar no ambiente. Se o ar estiver úmido, ele já contém vapor d'água, provavelmente próximo da saturação e não pode absorver mais. Portanto, o suor não evapora e refresca seu corpo com tanta eficiência como faria se o ar estivesse seco.
Finalmente, quando a água do suor evapora, ela deixa os sais (sódio, cloreto e potássio) sobre a sua pele, e é por isso que ela parece salgada. A perda de quantidades excessivas de sal e água de seu corpo pode desidratá-lo rapidamente, o que pode levar a problemas circulatórios, falência dos rins e insolação. Assim, é importante beber muito líquido durante os exercícios físicos e ao ar livre sob altas temperaturas. As bebidas isotônicas contêm sais para repor essa perda.
Nervoso ou assustado?
Como mencionamos, a produção de suor também responde a seu estado emocional. Assim, quando você está nervoso, ansioso ou com medo, há um aumento da atividade do sistema nervoso simpático em seu corpo, bem como um aumento da secreção de epinefrina de sua glândula adrenal. Essas substâncias atuam sobre suas glândulas sudoríparas, particularmente aquelas nas palmas de suas mãos e axilas, para produzir suor. Assim, você sente um suor "frio". Além disso, a atividade aumentada do nervo simpático na pele altera sua resistência elétrica, que é a base da resposta galvânica da pele usada em testes do detector de mentiras.
Suor excessivo
O suor excessivo, geralmente nas palmas das mãos ou axilas, que não for causado por atividade emocional ou física, é chamado diaforese ou hiperhidrose. Freqüentemente, esse tipo de suor representa uma condição embaraçosa. Suas causas são desconhecidas, mas pode estar condicionada a:
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/suor.htm
Letícia Nazario
por Craig C. Freudenrich - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Você está prestes a fazer algo importante, uma entrevista de
emprego, uma apresentação, o primeiro encontro ou seu casamento, e nota que está suando nas palmas das mãos e nas axilas. Ou, de repente você acabou de fazer um exercício aeróbico e seu corpo está encharcado de suor. Como atividades tão diferentes podem ter o mesmo efeito em seu corpo? O que é o suor e por que o produzimos?
A transpiração, ou suor, é a maneira pela qual seu corpo se refresca, seja pelo calor produzido pelo trabalho árduo dos músculos ou pela ação de nervos super estimulados. Neste artigo, examinaremos as glândulas sudoríparas de nosso corpo, como o suor é produzido e o que ele faz. Aprenderemos que há uma diferença entre o suor nas palmas das mãos e o suor nas axilas, e porque sua pele fica salgada depois de uma malhação!
A glândula do suor
Uma pessoa possui aproximadamente 2,6 milhões de glândulas sudoríparas em sua pele. Estas se distribuem por todo o corpo, exceto nos lábios, mamilos e órgãos genitais externos. A glândula sudorípara fica na camada da pele chamada derme junto com as terminações nervosas, folículos capilares e assim por diante. A figura 1 ilustra o que acontece:
Figura 1 |
Basicamente, a glândula sudorípara é um longo tubo oco e espiralado formado por células. O suor é produzido na parte espiralada da derme e a parte longa é um duto que conecta a glândula à abertura ou poro na superfície externa da pele. As células nervosas do sistema nervoso simpático se conectam às glândulas sudoríparas. Há dois tipos de glândulas sudoríparas:
- glândulas écrinas - encontradas em todo o corpo, particularmente nas palmas das mãos, solas dos pés e testa;
- glândulas apócrinas - encontradas principalmente sob os braços (axila) e na área anal-genital. Terminam em folículos capilares e não em poros.
- são menores
- são ativas desde o nascimento (as glândulas apócrinas se tornam ativas somente na puberdade)
- produzem suor sem proteínas e ácidos graxos
Nós suamos constantemente mesmo sem perceber. Suar é a maneira pela qual nosso corpo se livra do excesso de calor que é produzido pelo metabolismo ou pelo trabalho muscular. A quantidade de suor produzida depende de nosso estado emocional e do tipo de atividade física. O suor pode ser produzido em resposta a um estímulo nervoso, elevação da temperatura do ar e/ou exercícios físicos. Primeiro, vamos nos concentrar em como o suor é produzido em uma glândula sudorípara écrina.
Quando a glândula sudorípara é estimulada, as células secretam um fluido (secreção primária) similar ao plasma, ou seja, basicamente composto de água, altas concentrações de sódio e cloreto e baixa concentração de potássio, mas sem as proteínas e ácidos graxos geralmente encontrados no plasma. Esse fluido surge nos espaços entre as células (espaços intersticiais) que o recebem dos vasos sangüíneos (capilares) da derme. O fluido se desloca da porção espiralada e sobe através do duto reto (figura 2). O que acontece no duto reto depende da taxa ou fluxo de produção de suor.
Da mesma maneira o suor é produzido nas glândulas sudoríparas apócrinas. No entanto, o suor proveniente das glândulas apócrinas contém proteínas e ácidos graxos que dão a ele um aspecto mais espesso e uma coloração leitosa ou amarelada. É por isso que as manchas que aparecem nas roupas (região das axilas) são amareladas, pois o suor em si não possui cor. Quando as bactérias e os pêlos da pele metabolizam as proteínas e os ácidos graxos, eles produzem um odor desagradável. É por isso que os desodorantes e antitranspirantes são aplicados sob as axilas e não no corpo todo.
O volume máximo de suor que uma pessoa que não vive em um clima quente pode produzir é cerca de um litro por hora. Incrivelmente, se você se mudar para um clima quente como o da região Nordeste ou a Amazônia, sua capacidade de produzir suor aumentará para cerca de dois ou três litros por hora em aproximadamente seis semanas! Essa é a quantidade máxima que você pode produzir.
Para refrescar
Quando o suor evapora da superfície de sua pele, ele remove o excesso de calor e refresca seu corpo. De fato, isso se deve a um princípio da física parecido com o seguinte: para converter líquido em vapor é necessária uma determinada quantidade de calor chamada de calor de vaporização. Essa energia térmica aumenta a velocidade das moléculas da água para que elas possam escapar para o ar. Geralmente, nem todo o suor evapora, parte dele escorre pela pele. Além disso, nem toda a energia térmica produzida pelo corpo é perdida através do suor. Uma parte é irradiada diretamente da pele para o ar e outra é perdida através das superfícies respiratórias dos pulmões.
O principal fator que influencia a taxa de evaporação é a umidade relativa do ar no ambiente. Se o ar estiver úmido, ele já contém vapor d'água, provavelmente próximo da saturação e não pode absorver mais. Portanto, o suor não evapora e refresca seu corpo com tanta eficiência como faria se o ar estivesse seco.
Finalmente, quando a água do suor evapora, ela deixa os sais (sódio, cloreto e potássio) sobre a sua pele, e é por isso que ela parece salgada. A perda de quantidades excessivas de sal e água de seu corpo pode desidratá-lo rapidamente, o que pode levar a problemas circulatórios, falência dos rins e insolação. Assim, é importante beber muito líquido durante os exercícios físicos e ao ar livre sob altas temperaturas. As bebidas isotônicas contêm sais para repor essa perda.
Nervoso ou assustado?
Como mencionamos, a produção de suor também responde a seu estado emocional. Assim, quando você está nervoso, ansioso ou com medo, há um aumento da atividade do sistema nervoso simpático em seu corpo, bem como um aumento da secreção de epinefrina de sua glândula adrenal. Essas substâncias atuam sobre suas glândulas sudoríparas, particularmente aquelas nas palmas de suas mãos e axilas, para produzir suor. Assim, você sente um suor "frio". Além disso, a atividade aumentada do nervo simpático na pele altera sua resistência elétrica, que é a base da resposta galvânica da pele usada em testes do detector de mentiras.
Suor excessivo
O suor excessivo, geralmente nas palmas das mãos ou axilas, que não for causado por atividade emocional ou física, é chamado diaforese ou hiperhidrose. Freqüentemente, esse tipo de suor representa uma condição embaraçosa. Suas causas são desconhecidas, mas pode estar condicionada a:
- desequilbrios hormonais (por exemplo, a menopausa)
- glândula tireóide hiperativa (o hormônio da tireóide aumenta o metabolismo do corpo e a produção de calor)
- determinados alimentos e remédios (por exemplo café, com sua grande quantidade de cafeína)
- hiperatividade do sistema nervoso simpático
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/suor.htm
Letícia Nazario
Curiosidade sobre camelos: suas corcovas armazenam água?
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao104.htm
Letícia Nazario
Na realidade, uma corcova de camelo é um monte de gordura. Em um camelo saudável e bem alimentado, a corcova pode pesar até 35Kg! Seres humanos e a maioria dos animais armazenam suas gorduras misturadas com o tecido muscular ou em uma camada logo abaixo da pele. Camelos são os únicos animais que possuem corcova.
© Dmitry Mordvintsev / iStockphoto Dromedários e camelos guardam água em suas corcovas? Não se engane. O que tem ali são cerca de 35 kg de gordura |
A corcova permite que o camelo possa sobreviver por um período bem longo de até duas semanas sem precisar se alimentar. Devido ao fato de normalmente os camelos viverem no deserto, onde a comida é escassa em longas distâncias, isso é importante.
Um camelo precisa de cerca de 20 litros de água por dia no verão. Entretanto, um camelo pode perder até 100 litros de água de seus tecidos corporais sem efeitos adversos. Uma coisa que um camelo pode fazer por conservar água é suportar grandes oscilações de temperaturas do corpo. Um camelo pode começar o dia a 35ºC e deixar que sua temperatura suba até 40ºC. Somente no final dessa faixa de temperatura máxima é que ele precisará suar para evitar superaquecimento. Quando você compara essa faixa de temperatura com a faixa do corpo humano, em que meros 2 graus de aumento indicam uma doença, você percebe a vantagem.
Outros dados sobre o camelo:
- um camelo adulto pesa entre 318 a 680 kg e tem até 2,1 metros de altura
- camelos podem viver até a idade de cinqüenta anos
- a gestação das camelas dura cerca de onze meses e elas dão à luz uma única cria
- o camelo macho chega à maturidade aos cinco anos e a fêmea entre os três e quatro anos
- na realidade, os camelos têm três pálpebras: duas delas possuem pestanas e uma terceira é fina
- um camelo pode fechar suas narinas
- o camelo, como os caprinos, come de tudo
- camelos de carga podem carregar cargas de até 181kg por 40km em um dia
Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/questao104.htm
Letícia Nazario
Fonte:
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=33103766
Por EFE Brasil, Data da publicação no
site: 30/03/2012
Mundo se prepara para apagar suas luzes durante Hora do Planeta
Mundo se prepara para apagar suas luzes durante
Hora do Planeta
Redação Internacional, 30 mar (EFE).- Cento e trinta e cinco
países se preparam para apagar suas luzes neste sábado durante 60 minutos, numa
iniciativa conhecida como Hora do Planeta, que tem como objetivo
conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas.
Entre às 20h30 e 21h30 (hora local) de
sábado, as principais cidades do mundo apagarão seus principais
monumentos. A 'Hora do Planeta' foi criada pela organização ambientalista Fundo
Mundial para a Natureza (WWF).
A iniciativa surgiu em 2007, em Sydney, na Austrália, como um
evento local e acabou se transformando numa campanha global que envolve milhões
de pessoas.
Neste ano, o Big Ben, em Londres, a Grande Muralha da China,
o Portão de Brandeburgo, em Berlim, a cúpula de São Pedro, em Roma, e o Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro, serão alguns dos monumentos que serão
apagados.
Na Alemanha, dezenas de cidades adotarão a Hora do Planeta.
Em Berlim, serão desligadas as luzes da Prefeitura Vermelha, da torre de
comunicações da praça Alexanderplatz e da Academia das Artes.
No Reino Unido, além do Big Ben, farão parte da iniciativa o
palácio de Buckingham e o castelo escocês de Edimburgo.
Na Espanha, uma novidade será um mosaico humano que formará a
figura de um panda gigante (símbolo de WWF) na Plaza de Oriente, em
Madrid.
Além disso, serão apagados o templo da Sagrada Família de
Barcelona, o Palácio Real de Madri, a Alhambra de Granada, a mesquita de Córdoba
e o Aqueduto de Segóvia.
Em Moscou, serão desligadas as luzes das Sete Irmãs,
conjunto de arranha-céus construído na época de Stalin, e o estádio olímpico
Luzhniki. Em São Petersburgo, milhares de pessoas se reunirão na Praça do
Palácio com velas durante a Hora do Planeta.
Em Amsterdã, ficarão às escuras uma das torres da cidade, a
Westertoren, o zoológico Artis e o estádio do Ajax. Também participarão da
iniciativa a torre Euromast de Roterdã, a catedral de Utrecht e o Palácio da Paz
em Haia.
Dois dos monumentos mais célebres da Bélgica, o Atomium e a
Grand Place de Bruxelas, também se somarão aos 60 minutos sem luz. A medieval
Grote Markt, em Bruges, será iluminada pela luz produzida por pedaladas de
bicicletas geradoras de eletricidade.
Em Roma, o principal dançarino do teatro La Scala, Roberto
Bolle, será o encarregado de apagar simbolicamente, no Castelo de Santo Ângelo,
as luzes de toda Itália. No local, um grupo de 128 ciclistas pedalarão para
gerar a eletricidade necessária para que seja realizado um concerto no
local.
Além disso, ficarão apagados no país a basílica de São
Pedro, em Roma; o teatro La Escala e o Duomo, em Milão; a praça de São Marcos,
em Veneza; e a Torre de Pisa.
No Chile, cerca de 400 voluntários se reunirão com tochas na
Praça Sotomayor, na cidade de Valparaíso, para formar o símbolo da campanha. Na
Patagônia, no extremo sul do país, duzentos moradores da pequena localidade de
Villa Cerro Castillo deixaram a aldeia às escuras.
No Paraguai, um grupo de ciclistas percorrerá os arredores
de um movimentado centro comercial na capital Assunção, enquanto a orquestra
'Sonidos de mi tierra', que utiliza instrumentos musicais elaborados com
materiais reciclados, fará uma apresentação.
Também à luz das velas, o músico sul-africano Madala Kunene
fará um show na Universidade de Kwazulu Natal, em Durban. Em Nairóbi, no Quênia,
um dos edifícios mais altos da África, o Centro Internacional de Conferências
Kenyatta, será apagado.
Na China, além da Muralha da China, pontos de 86 cidades
serão desligados, como a Exposição Mundial de Xangai. Na Austrália, a Opera
House será desligada e será feito um cruzeiro pela baía de Sydney num navio que
funciona com energia renovável.
Dois dos maiores edifícios de Teerã, a torre Milad e a
Azadi, apagarão suas luzes, da mesma forma que a histórico ponte Se-ou-se Pol
(Ponte dos Trinta e Três Arcos), um dos monumentos mais conhecidos do
país.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos
reservados
Letícia Nazario
terça-feira, 27 de março de 2012
23/03/2012 - 09h53
Excesso de limpeza pode levar a doenças inflamatórias
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Mamães e papais, prestem atenção: além de leite e carinho, proporcionar alguns bons micróbios para seus nenês também é uma ótima opção para a saúde futura dos rebentos, mostraram cientistas nos EUA e na Alemanha.
É o que já diz há tempos a chamada hipótese da higiene, segundo a qual um pouco de falta de asseio no começo da vida ajuda a impedir que o filhote contraia coisas como asma ou doença inflamatória intestinal.
Editoria de arte/Folhapress | ||
Crianças criadas em fazendas têm menos doenças inflamatórias que as que crescem em cidades, pois são expostas a uma variedade maior de micróbios, segundo a "hipótese da higiene".
Isso explicaria o aumento dessas doenças em ambientes urbanos nas últimas décadas. O excesso de limpeza poderia ser até prejudicial, segundo essa visão.
E não adianta adiar o encontro com os micro-organismos. A exposição a eles na fase adulta não reverte o quadro das doenças inflamatórias, várias delas crônicas.
Isso acaba de ser claramente demonstrado em uma série de experimentos feitos com camundongos.
Os pesquisadores estudaram roedores praticamente livres de micróbios, criados em condições estéreis e recebendo comida sem germes, além de seus colegas em condições mais naturais.
O estudo foi coordenado por Dennis Kasper e Richard Blumberg, da Escola de Medicina da Universidade Harvard, e publicado na revista especializada "Science".
A exposição a micróbios desde cedo alterou os níveis de células de defesa do organismo, as chamadas células T assassinas naturais.
Ao contrário do que se poderia imaginar, os camundongos sem micróbios tiveram índices mais altas de inflamação dos pulmões e do colón, semelhantes à asma e à colite.
Isso foi obra de células T excessivamente zelosas na defesa do organismo --tanto que causaram um problema em vez de resolvê-lo.
Para testar a "hipótese da higiene", a equipe expôs filhotes de camundongos aos micróbios de praxe. O resultado foi um sistema de defesa com sintonia mais adequada e a prevenção dessas doenças inflamatórias.
Fazer a mesma coisa com camundongos adultos não deu certo, mas a proteção aos filhotes "microbizados" foi duradoura. Na falta dos micróbios "do bem", o organismo produziu um excesso de uma substância conhecida como CXCL 16, vinculada à inflamação. A sobra da molécula poderia estar ligado ao acúmulo das células T.
Para Blumberg, foi surpreendente encontrar esse sinal microbiano "crítico", que está ligado à "educação" do sistema de defesa do organismo, durante as primeiras semanas de vida.
Os autores do estudo afirmam que o CXCL 16 é um fator que, na presença de micróbios, regula a quantidade e a função das células T no cólon e nos pulmões, "e, consequentemente, a suscetibilidade à inflamação dos tecidos". Mas eles lembram que o mecanismo exato pelo qual os micróbios causam isso ainda é desconhecido.
E é isso que eles estão tentando estudar agora.
Gabriela Nogueira Zottele
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